quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Monteiro foi avisado pelo SIS sobre entrada da extrema-direita

FRANCISCO ALMEIDA LEITE


"Nova Democracia marca reunião urgente para dia 1 de Dezembro, em Aveiro Manuel Monteiro teve conversações com elementos ligados ao Serviço de Informações de Segurança (SIS) sobre a entrada de militantes da extrema-direita portuguesa no Partido da Nova Democracia (PND). O DN sabe que Monteiro foi avisado sobre quem eram os militantes considerados mais perigosos e cujos movimentos e actividades estão a ser acompanhados pelo SIS. O líder do PND terá usado a informação para a cruzar com os dados existentes nos ficheiros do partido.

Contactado pelo DN, Manuel Monteiro escusou-se a comentar esta informação, reconhecendo apenas que teve conhecimento das adesões extremistas à Nova Democracia "porque eles se denunciaram". Segundo Monteiro (antigo presidente do CDS/PP, entre 1992 e 1998), são "cerca de 25 pessoas", algumas provenientes do Partido Nacional Renovador (PNR), outros do Movimento Nacionalista, Movimento Pró-Pátria, Causa Nacional e de um blogue chamado Estado Novo.

"Eu sabia que havia militantes que vinham do PNR, mas pensava que tinham evoluído", diz Manuel Monteito, que descobriu um texto anti-semita no site do seu partido, o demoliberal. Monteiro pediu ao director do jornal online, João Carvalho Fernandes, para retirar o artigo e começou a investigar o percurso do autor, Emanuel Guerreiro.

Monteiro descobriu que o militante que fizera ataques a judeus e ao estado de Israel por escrito era coordenador das Novas Gerações, a juventude partidária do PND - equivalente à JS, JSD ou JP. Manuel Monteiro chamou Diogo Tomás Pereira, o líder das NG, e pediu a destituição imediata de Emanuel Guerreiro do cargo de coordenador. Na sequência disto, o jovem militante do PND expôs publicamente o caso e Monteiro teve de começar a defender-se.

"O problema é que um partido pequeno como o PND vive do voluntarismo e tenho de reconhecer que quando entra um grupo organizado com ideias e propostas, esse grupo pode ganhar força", diz Monteiro, justificando a passagem à acção. Em Aveiro foi detectado o ingresso de vários militantes, que nas eleições de delegados para o último Conselho Geral da Nova Democracia - uma espécie de conselho nacional ou congresso - conseguiram de imediato fazer eleger nove em dez delegados possíveis. Muitos destes militantes, pela escassez do PND e fraco controlo interno, nem ainda tinham sido aprovados como militantes.

Neste momento, Manuel Monteiro convocou para o dia 1 de Dezembro, logo em Aveiro, uma reunião do PND, tendo como ponto principal da ordem de trabalhos "a análise dos processos de adesão provenientes desses grupos". Para Monteiro, "será uma análise caso a caso e, caso as opiniões expressas não sejam compatíveis com os nossos ideais de liberdade e de democracia liberal, poderá haver uma deliberação convidando-os a sair". Se não não aceitarem, os processos seguem para o conselho de jurisdição, que pode pronunciar--se pela expulsão.

Ao DN, José Manuel de Castro é contundente: "Manuel Monteiro sofre de algum processo pavloviano e está desesperado", sustenta. Este activista frisa que o grupo que integra "apoia Susana Barbosa como rosto da oposição interna (do PND) a Manuel Monteiro". Com M.A.C."

http://dn.sapo.pt/2007/11/26/naciona..._entrada_.html


Eu pessoalmente não tenho nada haver com o PND, muito menos com os militantes desse partido que Manuel Monteiro se refere neste artigo, mas não resisti em analisar esta questão.

Primeiro fato que me saltou á vista é que este senhor Manuel Monteiro é muito bem relacionado, tem amigos em toda a parte, ou então, surpresa das surpresas o Serviço de Informações de Segurança (SIS) faz trabalhos por encomenda com os dinheiros públicos dos impostos de todos os portugueses. Eu pessoalmente não me importaria que o SIS fizesse trabalhos ao domicilio, a amigos e compadres, logo que não fosse com o dinheiro dos português. Alias já que se está a privatizar tudo o governo poderia fazer uns dinheiros com o SIS privatizando parte desta instituição, como o trabalho do SIS se centra quase exclusivamente na dita “extrema direita” certamente clientes como o PCP, BE, PS e afins, não faltariam, ate digo mais isso seria uma OPA muito lucrativa para o estado, ate sugiro um nome mais apelativo em vez de SIS como por exemplo “SISTEMA” .

Por outro lado há uma coisa que neste artigo faz-me confusão, como é sabido e publico esse tal de Emanuel Guerreiro disse publicamente e o (senhor Manuel Monteiro não o desmentiu) que o líder do PND sabia de onde ele vinha, alias sabia ele e sabia muito mais gente que esse jovem chegou a ser líder das camadas mais jovens do PNR, dai ter logo sido escolhido como coordenador da “jota” do PND.em Lisboa. Então o que se passou aqui? Simples, o Manuel Monteiro, com esta confusão interna, chama para o seu partido atenção e propaganda que não tem tido, por outro lado descansa e esclarece a opinião publica que no partido dele os “extremistas” vão ser corridos em virtude do primeiro artigo que dava conta da aderência de “extremistas” ao PND. Por ultimo, e este sim o maior objetivo de Monteiro, é o fato de destruir a oposição dentro do partido, que se da pelo nome de Susana Barbosa, que conta com o apoio dos “extremistas” e como o senhor Monteiro disse: “Em Aveiro foi detectado o ingresso de vários militantes, que nas eleições de delegados para o último Conselho Geral da Nova Democracia - uma espécie de conselho nacional ou congresso - conseguiram de imediato fazer eleger nove em dez delegados possíveis.” dai que é urgente que esses “extremistas” sejam corridos do PND.
Se a Susana Barbosa ganha as eleições para presidente do PND o senhor Monteiro vê irremediavelmente a sua carreira política terminada, (que a meu ver já terminou desde que saiu do CDS/PP, no fundo os militantes do PND também o sabem só não o querem admitir) a menos que faça como Freitas do Amaral e salte de taxo em taxo ate á reforma milionária.

VD

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