sábado, 10 de novembro de 2007

Marxismo: Doutrina De Morte, A História Que Falta Contar 5

Logo a seguir à sua entrada na Polónia, começou a sua tarefa das prisões em massa de todos aqueles que exerciam no meio qualquer influência desfavorável para os ocupantes. Assim foram presos os agentes da polícia, os funcionários da administração civil, os membros activos de todos os comités e associações ou partidos políticos, sem excepção da esquerda (isto é, o Bund e o Partido Socialista Polaco), os colonos militares, guardas florestais, etc. Prendem-se ucranianos, judeus, russos brancos e polacos. Comboios de prisioneiros partiam continuamente para o centro da Rússia.

Em 1940, a deportação das populações em massa atingiu proporções ainda desconhecidas na história do mundo. Foi uma tragédia para as populações que residiam na Polónia Oriental” (Sylvestre M. E pierre Z. A liberdade dos comunistas - Polícia, prisões e campos soviéticos, tradução da edição francesa de «Les septs couleurs» publicada em Paris em Novembro de 1975.).
Veio obviamente a verificar-se que o chamado comunismo se caracterizava pela instauração de regimes autoritários e totalitários em que os direitos cívicos e individuais eram sistematicamente limitados; que o desenvolvimento económico dos países comunistas ficava aquém do desenvolvimento dos países em que imperava a livre iniciativa, a isso correspondendo uma notória desigualdade de níveis de vida. As desigualdades eram tais que a própria oposição geopolítica que caracterizou a Guerra-fria, sob a ameaça constante de uma catástrofe nuclear, era insustentável. Em 1989, o mundo inteiro respira de alívio, o muro de Berlim é derrubado, assinalando o fim do domínio comunista na Europa de Leste. O processo foi impulsionado pelo estadista soviético Mikhail Gorbachev. Seguiu-se um conjunto de transformações nos países que a URSS controlava. Muitos desses países, oprimidos pelo comunismo durante décadas, tornaram-se nos mais animados combatentes contra tal criminosa ideologia. Um dos maiores exemplos vem da República Checa onde a simbologia marxista e a Juventude Comunista estão proibidas por lei. Do Leste sopram agora ventos de mudança promissores de esperança para a humanidade.

A China é um caso diferente mas também de grande interesse e expectativa: o país vem tentando adoptar uma fórmula mista, conciliadora do sistema comunista com o capitalista, em matéria económica, mas no que diz respeito aos direitos humanos o regime não tem dado grandes sinais de abertura. No Jornal do Lidl, edição de 4 de Março de 2004, no artigo “Indústria de Moldes Chinesa é uma Ameaça para os Portugueses” diz-se o seguinte: “Para Joaquim Menezes o principal problema da concorrência chinesa deriva dos turnos de 12 horas a que os trabalhadores se dedicam sete dias por semana”. Noutro jornal distribuído pelo Lidl, edição de 7 de Setembro de 2006: “Mais de 120 milhões de chineses vivem abaixo do limiar de pobreza […] com menos de um dólar diário […] no final do ano passado 23,65 milhões de chineses não tinham casa […] a China é actualmente o segundo país com o maior número de pobres, a seguir à Índia”. Jornal do Lidl, novamente, agora na edição de 11 de Março de 2004 pública um artigo com o titulo “A Coreia do Norte é um dos Regimes mais Desumanos no Mundo” Este estudo tem origem no relatório sobre Direitos Humanos realizado pelo Departamento de Estado norte-americano, a triste conclusão é “Entre as violações detectadas pelos autores do documento, figuram os assassínios, as perseguições de dissidentes repatriados à força, as condições extremas nas prisões e nos campos, a tortura, os abortos forçados de mulheres detidas e os infanticídios”. A mais dura ditadura e escravatura tem origem precisamente naqueles que se autoproclamam “defensores do povo”.
A ampliação cultural dos povos europeus nasceu de uma iluminada infra-estrutura teológica. O materialismo antropocêntrico, redutor da divindade e correspondente verticalidade do homem transforma os povos numa massa uniforme de robots arrogantes, eternamente insatisfeitos.

O indivíduo só tem valor enquanto possuidor de uma liberdade de interiorização independente da pressão exterior, da sociedade egoísta e individualista. A origem do homem equilibrado encontra-se na tranquilidade da meditação longe do ruído ensurdecedor que oprime o homem moderno.
As imigrações promovidas por determinados grupos de interesses instalados na sombra da obscuridade institucionalizada, em promiscuidade com exploradores e oportunistas, amoldam-se bem às necessidades das massas instáveis nas cidades modernas. Incentivam-se as massas de povos a não ter a menor ideia dos significados de pátria e patriotismo, nem a mais vaga noção de responsabilidade comunitária. Concebem-se agora as sociedades humanas mais como uma espécie de massa a modelar do que sistemas evolutivos nos quais a civilização é o resultado de um crescimento espontâneo e não de uma vontade. Perante este cenário instala-se o pânico nas massas face aos chefes políticos e a qualquer cheiro de autoridade ou gota de ordem.

Conforme as teses de Gabriel Tarde e Gustave Le Bon, as massas surgem quando os indivíduos perdem a individualidade e se aproximam do estado da pura quantidade. Podem ser galvanizadas por meio de mitos e de sugestões, despertando instintos elementares. Assim, os indivíduos deixam de ter raciocínios e passam apenas a funcionar pelos instintos. Os mass media, transformam o real em espectáculo, substituem os anteriores ritos, que esconjuravam perigos, mitos e superstições transportando-nos à ilusão que nos transforma em heróis e santos na intimidade. De certa maneira, substituem a Igreja, nas funções psico-terapêutica, de recreação e de ligação social. Surgiram assim, inicialmente, como um quarto poder, mas conquistaram rapidamente o segundo lugar, à sua frente é agora aceite, apenas, o poder económico. “Actualmente é considerado o primeiro poder a Economia, segundo poder o Mediático e terceiro poder o Político.

Os media proclamam-se como um contra-poder. […] Actualmente a verdade é aquilo que os media propagam como tal (mesmo que falsa). Não nos resta senão aceitar esse discurso único. O boato já não é um fenómeno local mas mundial. […] Como se oculta hoje a informação? - Através de um aumento de informações: a informação é dissimulada. A informação hoje é superabundante e torna-se incontrolável […] Encaminhamo-nos para uma situação em que um único grupo económico controlará toda a informação e decidirá o que os 6 mil milhões de habitantes do nosso planeta deverá ver”. (Ignacio Ramonet, A Tirania da comunicação).


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